sábado, 7 de novembro de 2009

MULHERES DESCARTÁVEIS


Descobri o BDSM em minha primeira viagem a Londres, em 1997. 
Perfil SM prontinho, e lá vamos nós embarcar nessa viagem, onde só compra passagem dois tipos de passageiros: Dom/Domme - os sádicos dominantes, e submissa, escrava, cadela ou sei lá que nome dão à ela - masoca, servil, obediente (geralmente carente).
Não sou sádica, adoro homem com H, sobrou ser sub do lado de Ka (sorry pelo trocadilho).
Mulheres, ah as mulheres ... a gente muda para agradar, reinventa, faz o o diabo, se vira do avesso do fim ao começo, ajoelha (e tem que rezar), vira cadela (só pra agradar), anda de quatro, come no pote, late, rola, mora em canil virtual, come ração igual a animal, usa coleira (quanta besteira).
Mulheres ... no final das contas o que a gente quer é atenção, carinho, cuidado, proteção.

A gente quer adrenalina (pro caralho a pet e a vacina),
a gente quer uma relação gostosa (nada de banho e tosa),
a gente quer viver intensamente (não só o momento presente),
a gente jura que há futuro (e, de louca se joga no escuro),
a gente finge que tá feliz (e a vida baunilha .. por um triz),
a gente jura que quer mesmo é servir (e o cara só quer mesmo curtir),
a gente acredita que Ele é o Homem (burra, na primeira oportunidade ele some)
a gente quer a Ele e só isso (e ele não quer compromisso)
E a gente um dia acorda com a cara amarrotada chorou como desesperada e descobre que o segrêdo do mistério o tal Dom que a gente levou a sério que deixou nossa vida marcada a bunda dolorida, machucada nem lembra mais nosso nome afinal, ele é o cara, é homem destruiu teu sonho anarquista e já tá lá comendo a próxima submissa.


Olha aqui, bisbilhota ali e dá vontade de provar, de fazer parte, de ser. Há anos espiava o BDSM de longe ... humm .. coisa interessante essa. Me achei! É aqui que vou ser o que sempre desejei ... rsss. Doce (ou amarga) ilusão!

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